terça-feira, 3 de junho de 2008

Adilson ressalta a importância do revezamento de jogadores no Campeonato Brasileiro


Da Toca II

Thiago Prata

No time do técnico Adilson Batista não há titulares absolutos. As quatro primeiras partidas do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro provam isso. A cada rodada, a Raposa entra em campo com uma formação diferente, mas sem perder o padrão de jogo.

A proposta do comandante celeste de escalar a equipe de acordo com o esquema do adversário tem dado resultado neste início de competição. Até agora, os números do Cruzeiro no torneio impressionam.

Na ponta da tábua de classificação, com dez pontos ganhos, o time estrelado é um dos três participantes que ainda não perderam no Brasileiro. Os outros são Flamengo, vice-líder, com dez pontos, mas que perde no saldo de gols para a Raposa, e Atlético-MG, sétimo colocado com seis.

Em quatro jogos no campeonato, o campeão da Tríplice Coroa venceu três e empatou um. Além disso, a equipe possui o melhor ataque com oito gols, a defesa menos vazada, com apenas um sofrido, e o artilheiro, o atacante Guilherme, que anotou três.

Segundo Adilson Batista, os números são resultantes do empenho dos jogadores e da consciência deles em saber que não existe diferença entre titulares e suplentes. Ele lembra que o Brasileiro por pontos corridos é uma competição longa e que por isso cada atleta terá sua oportunidade, de acordo com o momento.

"Fazemos um processo de revezamento, pensando no grupo, que é grande. Fazemos tudo para que a equipe fique coesa, unida, se respeitando e entendendo que em uma hora entra um e depois o outro", afirmou.

Exemplo claro das mudanças no time, sem alterar o modo de jogar, é a dupla de ataque. O treinador repetiu a linha de frente em nenhuma das quatro partidas até o momento na competição nacional. Guilherme é o único que começou jogando em todos os confrontos, tendo sempre um novo companheiro a seu lado a cada rodada.

Diante de Vitória-BA, Botafogo, Santos e Coritiba, o artilheiro atuou no ataque com Marcelo Moreno, Jonathas, Jajá e Wagner, respectivamente. Jajá, que foi titular na goleada por 4 x 0 sobre o Santos, não iniciou a partida com o Coritiba, mas já sabia que isso podia acontecer e ressaltou que o mais importante é o bem do grupo.

"Na preleção (do jogo com o Coritiba), o professor conversou comigo e disse que eu não ia entrar jogando. Mas sei que preciso de um pouco mais de ritmo para surpreender os adversários", comentou.

0 Comments: